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Sexta-feira, 5 de Setembro de 2014

CHOCOLATE CONTRADANÇAS

O ETC & TAL transcreve

Tivemos acesso ao interrogatório a que o meu "camarada" do PS foi submetido durante o julgamento do processo "Face Oculta" cuja condenação será hoje de manhã dada, no tribunal de Aveiro... Passamos a transcrever:

 

O administrador da IDD - Indústria de Desmilitarização e Defesa, José António Contradanças, arguido no processo Face Oculta, negou esta quinta-feira conhecer Manuel Godinho, tal como havia dito há dois anos, no primeiro interrogatório no Juízo de Instrução Criminal, em Aveiro.
«Nunca conheci Manuel Godinho. Falei com ele uma vez ao telefone, porque tratava de sucatas e podia ser bom para o concurso que íamos realizar», disse o administrador da IDD, que foi interrogado esta manhã no tribunal de Aveiro, onde decorre a sétima sessão do julgamento.
Questionado pelo juiz presidente Raul Cordeiro, o economista afirmou que «já tinha sido aflorado», no Conselho de Administração da empresa, a ideia de lançar para o mercado uma nova consulta para a venda de sucata de material de guerra. «Era um contrato que poderia render no máximo 11 mil euros por ano», acrescentou.
José António Contradanças revelou ainda que soube da existência de Manuel Godinho, o principal arguido no caso, por intermédio do seu amigo António Paulo Costa, ex-quadro da Galp, também arguido no processo, e contou que só lhe telefonou uma vez.
«Hoje não o faria depois de ver isto tudo», confessou ao tribunal, classificando como «fatídico» o telefonema, interceptado pela Polícia Judiciária de Aveiro, onde o arguido explica a Manuel Godinho que a IDD vai lançar uma consulta «por questões de sucatas», convidando-o a enviar uma carta de apresentação.
O juiz presidente estranhou ter sido o administrador da IDD a realizar este contacto e pergunta se este procedimento era normal. «É absolutamente normal. Significa a pureza em si do gesto», declarou Contradanças, acrescentando que a IDD é «uma empresa pequena e tem os serviços administrativos partilhados».
O arguido foi depois confrontado com um email que enviou a António Paulo Costa com os preços de diversos materiais de sucata, de acordo com o contrato em vigor, tendo o juiz-presidente procurado saber qual a razão que o levou a fornecer esta informação.
«Estes preços eram sabidos. Estou a fornecer os preços que estavam em vigor, que eram públicos», respondeu Contradanças.
«Mas porque forneceu ao engenheiro Paulo Costa? Ele precisava disso? Não era comprador», insistiu o magistrado.
«Estava a dar a Paulo Costa como podia dar a Manuel Godinho e como dei a outras pessoas que os solicitaram», referiu Contradanças, sem nunca conseguir explicar porque passou a informação ao ex-quadro da Galp.
«Factos, eu quero é factos. Não recebi prendas, eu não tomei copos, não almocei com ninguém e vejo-me embrulhado numa coisa destas», afirmou o arguido, rejeitando que tenha havido qualquer favorecimento da O2, de Manuel Godinho, como sustenta a acusação, já que aquela empresa ficou em último lugar no referido concurso.
O interrogatório a José António Contradanças, que está acusado de um crime de corrupção, terminou cerca das 12:30.

 

Clique para ver o vídeo:

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/ultimas-noticias-tvi24pt-face-oculta-chocolate-contradancas/1299761-4071.html

:
Etc e Tal às 14:18

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SETÚBAL E ARREDORES - Cláudio Fernando:


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