Na denúncia, o suspeito foi acusado de triplo feminicídio, tripla ocultação de cadáver e roubo

O Ministério Público Federal denunciou o pedreiro Dinai Alves Gomes, de 34 anos, suspeito de ter matado três brasileiras em Portugal.
Na denúncia, o suspeito foi acusado de triplo feminicídio, tripla ocultação de cadáver e roubo. Ele teria matado as três mulheres para esconder esconder da família a gravidez de Michele Santana Ferreira, que seria amante dele.
Antes de assassinar Michele, o homem matou a irmã dela, Lidiane Neves Santana, e a amiga, Thayane Mila Mendes.
De acordo com as investigações, o plano foi montado depois que Gomes descobriu que a mulher e a filha, que viviam no Brasil, tinham antecipado uma viagem para Portugal. O crime aconteceu em 1º de fevereiro do ano passado e os corpos foram jogados em uma fossa, no canil em que ele trabalhava. Os corpos só foram descobertos 6 meses depois.
Gomes foi localizado e preso em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, no dia 5 de setembro e aguarda julgamento.
(Djalma Santos)
Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO
O caos da segurança pública na Grande Vitória completou nesta quinta-feira, 9, seis dias, com o registro de 113 mortes, superando a média mensal registrada em todo o primeiro semestre de 2016. Sob pressão, com famílias sitiadas, comércio fechado e uma crise de desabastecimento que já atinge grandes supermercados da capital, o governo aceitou negociar com as famílias dos policiais militares aquartelados.
À tarde, mulheres de policiais militares envolvidos no motim se reuniram com representantes do governo para uma rodada de negociação. O grupo, que paralisa quartéis desde sábado, cobra um aumento de 43%, além de isenção total para os agentes, que se encontram de braços cruzados nos batalhões. À meia-noite, uma parte do grupo chegou a deixar a reunião, alegando que havia um impasse e o governo não propôs reajuste. O Estado disse que a negociação continuava.
O governador licenciado Paulo Hartung (sem partido) disse na quarta que não sucumbiria “à chantagem corporativa” e não pagaria “resgate”. A reivindicação, diz ele, custaria R$ 500 milhões. O governo, porém, voltou nesta quinta à mesa de negociação, em uma reunião que já durava mais de seis horas às 20h30.
No início da manhã, o secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, declarou que a situação “está melhorando”, mas admitiu que a sensação de insegurança deverá perdurar por mais alguns dias. “Mesmo com a presença da Polícia Militar (após o fim da paralisação), vai haver essa sensação de insegurança”, afirmou. “A PM vai precisar recuperar a sua imagem, que foi jogada na lama.”